O campo de concentração do Tarrafal foi inaugurado em 29 de Outubro de 1936 e encerrado em 1954. Neste período de tempo, o campo serviu como exílio e extermínio para presos políticos portugueses. Voltou a ser reaberto em 1962, para os elementos das ex-colónias, mas encerrou após o 25 de Abril de 1974. Neste período, o campo era só para combatentes dos movimentos africanos anti-coloniais. Também houve o período da descolonização de Cabo Verde, em que o campo era para prisioneiros considerados cúmplices do aparelho repressivo, inimigos da independência e do PAIGC.
Situava-se em Cabo Verde na ilha de Santiago, construído pelo regime Salazarista.
Os primeiros prisioneiros partiram de Lisboa logo no ano da inauguração (1936), foram 152 detidos.
Ao criar este campo, o Estado Novo tinha dois objectivos. Um deles era afastar presos problemáticos da metrópole e outra era mostrar que a punição dos detidos era rigorosa.
O campo de concentração do Tarrafal também era conhecido como “o campo da morte lenta”.
O campo tinha várias partes: a entrada, a ala dos Portugueses, a ala dos Angolanos, a morgue, a “frigideira”, as grandes celas e a ”holandesa”.
A ala dos portugueses era as celas onde os portugueses ficavam.
A ala dos angolanos era as celas onde ficavam os angolanos.
A frigideira e a holandesa eram também celas, mas onde torturavam os prisioneiros. Não haviam casas de banho e a cozinha era o mais “pobre” possível. Tomavam banho só com 1 único litro de água. A vida dos prisioneiros no campo do Tarrafal era mais que horrível.
A ala dos angolanos.
Morgue.
"Frigideira."
Uma das grandes celas vistas da parte de dentro.
A Holandesa.
Mariana Lisboa